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01
Jul 21

 

A obra de Jean Genet é o teatro do mal e da morte. O seu mundo é o reverso do nosso mundo, o nosso inferno é o seu paraíso. E é nesse mundo, iluminado pela luz da sua arte e pelo lirismo da sua poesia, que Genet apresenta os seus peronagens – assassinos, ladrões, prostitutas, homossexuais ..., celebrando os ritos da religião do crime: as festas do sexo, o ritual da traição, a cerimónia do homicídio.

É nesse mundo que evolui o protagonista deste extraordinário romance, Querelle, o marinheiro de Brest, nimbado pelo autor com todos os esplendores que acompanham os santos e as virgens das nossas igrejas barrocas. Com ele, Genet faz-nos assistir a toda a estranha sedução do mal, à beleza da traição, ao encanto do homicídio, vestidos com as pompas duma transfiguração poética que dá ao mundo subterrâneo dos marginais a aura gloriosa duma procura do absoluto através dos abismos da depravação.

 

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publicado por sete às 17:30

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